domingo, 17 de abril de 2011

Caminho da Fé- Parte II

     Saindo de Santa Rosa do Viterbo peguei uma estrada de terra perto do trevo da cidade, nesse trecho foram 10Km de tranquilidade, até que o primeiro tombo apareceu, no meio de muita areia cai e a bike também, deixando ela cada vez mais desrregulada, consegui chegar na Estalagem do Sobreira na Fazenda São José à 19Km de Santa Rosa. Cheguei e fui MUITO bem acolhido, café e pão com manteiga mataram um pouco da minha fome, fui para a piscina (era 18:00 no horário de verão e estava claro), e a dúvida e o cansaço me abateram, fiquei meia hora sentado dentro da piscina pensando na vida e em desistir da viagem. Entrei e tomei banho e jantei ...era minha 1ª janta e tinha muita comida, comi muito e por cima da comida 1 litro de suco. Estava sozinho na sede da Fazenda, pois o Administrador da sede que iria durmir lá também não havia chegado ainda, estava muito cansado e dormi por volta das 21 horas.
     Acordei 5 horas, as dores me tomaram logo de manhã, arrumei a tráia e arremi na bike, enchi a mochila de hidratação, tomei um ótimo desjejum, e fui dedalar. Muitos desafios nesta manhã, logo de cara 3 Km em grama, com um brejo e alguns currais para atravessar. Consegui chegar a estrada, e até Tambaú foi um percurso muito difícil, pois a bike estava terrível (sem freios e sem trocar as marchas), perto das 10 horas da manhã cheguei em Tambaú e fui direto na Igreja do Padre Donizeti, na praça tinha varias torneiras com aguá potável, saciei minha sede e fui para a Secretária de turismo de Tambaú em frente a Igreja. Lá fui bem recebido e carimbei minha credencial de peregrino, pedi informação para encontrar uma bicicletaria. Fui a bicicletaria do Eduardo Leite, onde se mostrou muito surpreso por estar nessa "bicigrinação" sozinho, me alertou sobre os perigos do CF, mas não me assustei, pois o SENHOR é meu DEUS e com ele ao meu lado nada temerei, estava obistinado, apesar das dores e da solidão. Esse nobre mecânico deixou minha bike tão boa como nunca fora, agradeci e segui para Casa Branca.Daí foram 30Km de estrada de terra e asfalto , um percurso muito bom , cheguei rápido em pouco mais de 1 hora, e em Casa Branca fui ao Santuário de N.S do Desterro carimbar a CP, enchi minha mochila de hifratação e mais duas garrafinhas de aguá, nesse momento comecei a sentir sede, pois o sol e o calor estavam fortes, ainda bem.Almocei em Casa Branca e as pessoas com quem falei também estranharam por eu estar sozinho. Depois do almoço não hesitei e fui logo pro caminho, passando por parques muito bem estruturados da cidade , fui saindo para uma pequena trilha onde passei por 2 rodovias, até chegar a um rodovia onde pedalei alguns Kms até chegar em outra estrada de terra onde passei por um brejo e depois de 30Km cheguei em Vargem Grande do Sul. De início fiquei impressionado por chegado por uma periferia da cidade e esta ter um esgosto correndo no meio da rua, o cheiro era forte, por isso decidi não ficar nesta cidade e parei apenas para carimpar minha credencial e seguir já de tardezinha para a próxima parada. Saindo de Vargem, pedalando e empurrando a bike 5 Km, pois aqui já estava no início da Serra da Fartura, cheguei na Pousada da Dona Cidinha, onde fui recepcionado pelo seu Marido, Seu Chico. Ele me levou para uma casa distante 500 metros da estrada, onde de início lavei  bike e tomei uma maravilhosa xícara de café. Está era a segunda noite, e novamente estava sozinho na pousada e não tinha encontrado nenhum peregrino na estrada, e o meu objetivo de ir sozinho foi ouvido por DEUS, e estava a dois dias só. Dona Cidinha deixou um jantar pronto enquanto eu tomava banho, quando fui comer vi o tanto de comida que deixaram pra mim, era uma panela cheia de arroz, uma de feijão, linguiça, torresmo e ovo, tudo isso num fogão à lenha, mais uma travessa de salada de alface e tomate e dois tipos de queijo. Me fartei de comer, mas comi muito, e fui dormir, e nessa noite trovejjou muito, mas não choveu.
   
 
 

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